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DISCUSSÃO MTA Odontologia

DISCUSSÃO MTA Odontologia

De acordo com Prati; Gandolfi, (2015) o MTA foi desenvolvido para ser usado somente como material retroobturador, portanto, mediante suas características hidráulicas, competência seladora, bioatividade e biocompatibilidade, tornou-se indiscutível a sua eficácia para outros objetivos clínicos, exemplo: capeamento pulpar, pulpotomia, apicigênese e apicificação, selamento de perfurações e outros procedimentos.

Os autores ressaltam que a partir de então, houve inovações, onde novos materiais à base de silicato de cálcio vêm sendo desenvolvidos e comercializados com a finalidade de aprimorar os atributos dos materiais originais, como: dificuldade na manejo e manuseio, baixa radiopacidade, pigmentação coronária quando em contato com hipoclorito de sódio, risco de wash-out em ambientes úmidos e alto custo.

Torabinejad, (2010) evidencia que dentre as propriedades almejadas de uma substância reparadora, o MTA oferece ação antimicrobiana consideravelmente positiva, assim como um bom selamento marginal, baixa citotoxicidade, eficiência na indução a deposição de tecido mineralizado.

 O MTA dispõe um método estimulante da reparação, pela descensão de tecido mineralizado, que é beneficiado pelo seu alto pH e pela sua eficiência de liberação de íons cálcio. (OKABE et al., 2006).

Segundo Bin et al.; (2012) a redução da citotoxicidade e eficiência na biocompatibilidade do MTA foram condicionadas aos seus compostos essenciais, como: como o silicato dicálcio, silicato tricálcio, aluminato tricálcio, aluminoferrato de tetracálcio, carbonato de cálcio e óxido de cálcio.

Embora ofereça atributos biológicos satisfatórios, Torabinejad et al.; (1995a) ressalta desvantagens como a inconveniente de manipulação quando agregado a água, contudo, Camilleri, (2015a), afirma que, longo tempo de presa e, quando em contato com a solução irrigadora hipoclorito de sódio, pode acarretar em pigmentação dental mediante a interatividade entre o radiopacificador óxido de bismuto e a solução.

De acordo com Mcmichael; Primus; Opperman, (2016) o MTA Plus é constituído através do composto de um pó e um líquido. O pó contém silicato tricálcio, silicato dicálcio, óxido de bismuto, aluminato de cálcio e sulfato de cálcio. O líquido é constituído por um gel a base de água com agentes hidrossolúveis mais finos e polímeros, esse gel confere fácil manipulação do cimento.

Gandolfi et al., (2014) evidenciaram que o MTA Plus liberou íons cálcio durante vinte e oito dias em solução aquosa estimulando incremento de pH no decorrer desse período. Essa liberação de íons cálcio está vinculada aos atributos de sorção, solubilidade, porosidade e constituição de minerais.

 Quando comparado ao ProRoot MTA (Dentsply Tulsa Specialties, Tulsa, OK), o MTA Plus revelou essas características de modo mais abundante, seguramente mediante às suas partículas mais finas de pó.

 Rodrigues et al.; (2017) qualificaram a citotoxicidade, bioatividade osteogênica e expressão de mRNA de marcadores osteogênicos (proteína óssea morfogenética, osteocalcina e fosfatase alcalina) regidos por MTA Plus e MTA Angelus em células tronco pulpares humanas, e constataram que ambos materiais não são citotóxicos, atuam mineralização in vitro e a expressão de marcadores osteogênicos.

Ao tratar-se do NeoMTA Plus, este exibe óxido de tântalo como radiopacificador ao invés do óxido de bismuto. Ao categorizar algumas particularidades dos materiais NeoMTA Plus, MTA Plus e Biodentine, Camilleri (2015b) constatou que, quando em contato com hipoclorito de sódio, o NeoMTA Plus e Biodentine não provocaram pigmentação da estrutura dental, já o MTA Plus ocasionou uma coloração marrom escura. Essas consequências certificam que os radiopacificadores óxido de tântalo (NeoMTA Plus) e óxido de zircônia (Biodentine) podem ser usados como opção ao óxido de bismuto (MTA Plus).  

 Camilleri, (2015b) afirma que a submersão dos materiais em solução salina balanceada de Hank sucedeu em destituição de hidroxiapatita no MTA Plus e de hidróxido de cálcio no NeoMTA Plus e Biodentine. A deposição desses minerais é de fundamental para o resultado de ponte de dentina e seguimento de estruturação radicular em dentes com rizogênese incompleta, confirmando sua bioatividade.

De acordo com Miranda, (2007) O MTA (agregado de trióxido mineral), é uma formulação à base de cimento Portland, que foi desenvolvido há mais de duas décadas. É considerado um material de enchimento de extremidade inferior, com potencial para novas aplicações clínicas. Posteriormente seu uso na odontologia tornou-se popular mediante sua ação inovadoras e propriedades hidráulicas com competência de vedação.

As propriedades do MTA têm competência para uma série aplicações clínicas, são elas: como preenchimento radicular, capeamento de polpa e andaimes para regeneração da polpa, selador de canal radicular, etc. Vários estudos in vitro, testes em animais e estudos clínicos confirmaram sua capacidade de nuclear a apatita e remineralizar e induzir a formação de (novos) tecidos mineralizados.

Torabinejad et al.; (1995) investigaram a adaptação marginal do agregado trióxido mineral (MTA) junto preenchimento da raiz, comparado a materiais utilizados corriqueiramente para preenchimentos de materiais por microscopia eletrônica de varredura em 88 raízes simples, (dentes humanos extraídos, limpos, modelados, obturado e selados/canais radiculares). Analisados estatisticamente, considerando tamanhos de lacuna entre o ponto raiz, materiais de enchimento e dentina circundante, concluindo que o MTA teve melhor adaptação.

Os investigadores concluíram que o selo apical é uma das principais causas de falhas endodônticas cirúrgicas, visto que as cavidades nas raízes necessitam ser preenchidas com substâncias biocompatíveis com objetivo de evitar a saída de potenciais contaminantes para a região periradicular tecidual. A qualidade do selo apical obtido por materiais de preenchimento radicular foi avaliada pelos níveis de penetração do corante, radioisótopo, penetração bacteriana, eletroquímica e técnica de filtração de fluidos. O material restaurador e MTA como materiais de preenchimento de raiz, mostrou-se significativamente superior aos demais materiais.

Segundo Siboni et al., (2017) o NeoMTA Plus é matéria novo (cimento) à base de silicato de cálcio para preenchimento de raízes, com radiopacidade apropriada e período de endurecimento prolongado, consideravelmente de difícil manuseio. 

O autor afirma ainda que a liberação de íons e a competência de constituição na formação nuclear fosfatos de cálcio (CaP) podem maximizar a estabilidade do preenchimento das raízes e promovendo a regeneração tecidual endodôntica e periodontal, apromorando a bioatividade e a biocompatibilidade do material.

 O NeoMTA Plus teve um tempo de endurecimento prolongado (315 min) e uma radiopacidade satisfatória (3,76 mm). A liberação de íons cálcio e hidroxila foi significativamente maior e mais prolongada em comparação com o MTA Plus (P <0,05). O NeoMTA Plus e o MTA apresentaram valores significativos de porosidade aberta e solubilidade (SIBONI et al., 2017).

Em 1995, Torabinejad et al., concluiu em um estudo que estabeleceu a composição química, pH e radiopacidade do agregado de trióxido mineral (MTA), comparando ainda o tempo de ajuste, a compressão resistência e solubilidade deste material com os de amálgama, Super-EBA e Intermediário Material restaurador (IRM).

O resultado deste comparativo foi: Os resultados demostraram que as principais moléculas presentes na MTA são íons cálcio e fósforo, possui um pH inicial de 10,2 que aumenta para 12,5 três horas após a homogenizado. Em testes de solubilidade: amálgama, o Super-EBA e o MTA não mostraram sinais de solubilidade na água; apesar das diferenças estatísticas entre os pesos médios das amostras de IRM em três tempos intervalos. Nos testes de radiopacidade: MTA é ligeiramente menos radiopaco que o Kalzinol (zinco reforçado cimento à base de óxido eugenol) e mais radiopaco que o IRM e Super-EBA.

A erosão dos materiais de enchimento restauradores pode ser ocasionada por ácidos produzidos por bactérias, ácidos presentes em alimentos ou bebidas, ou por desgaste mecânico. O MTA é mais radiopaco do que Super-EBA e IRM. Com base nos resultados do estudo de Torabinejad et al.; (b) parece que o MTA tem propriedades físicas adequadas para uso como material de enchimento da raiz (TORABINEJAD et al.;1995b).

Torabinejad et al.; (1995c) revelaram após estudos microscópicos que MTA usado como material de preenchimento final da raiz favorece menor vazamento e tem melhor adaptação do que outros materiais de preenchimento, utilizado na raiz dentária. Ao se tratar de toxidade os autores afirmam que na ocasião em que foram realizados estes comparativos, amálgama recém homogeneizada é menos tóxica que o restante dos materiais testados, (MTA ficou em segundo lugar).

Tomas-Catalá et al., (2017) avaliaram citotoxicidade in vitro do MTA, NeoMTA Plus e Biodentine, novos materiais bioativos usado para capeamento de polpa dental humana. A viabilidade celular foi moderada após 24 e 48 horas na presença de MTA e NeoMTA Plus, enquanto que em 48 e 72 horas, o Biodentino apresentou taxas mais altas de viabilidade celular que o MTA e NeoMTA Plus (P <0,001).

Microscópio eletrônico de varredura evidenciam alto grau de proliferação celular e adesão em discos Biodentine, portanto níveis moderados em MTA e NeoMTA Plus (TOMAS-CATALÀ et al., 2017).

O procedimento de pulpotomia visa significativamente a preservação da polpa.

O método usado após a remoção da polpa deve possuir biocompatibilidade e bioatividade apropriada para promover atividade das células-tronco da polpa dentária e cicatrização da polpa em dentes permanente mantendo assim a eficácia clínica. O agregado de trióxido mineral (MTA) tem demonstrado fundamental na terapia molar em pacientes adultos. MTA aprimora a eficiência de outros biomateriais utilizados ​​na terapia pulpar, visto que MTA / cálcio podem induzir na diferenciação odontoblástica das células-tronco da polpa dentária e produzindo assim formações mais espessas de pontes de dentina com menor resposta inflamatória e redução da necrose de tecido pulpar (TOMAS-CATALÁ et al., 2017).

Walsh, et al., (2017) fizeram estudos em Setenta e dois dentes de cães (36 para cada procedimento). O comparativo foi com base em 2 materiais: NeoMTA Plus (Avalon Biomed Inc,Bradenton, FL) é um material de silicato tricálcico semelhante ao o primeiro produto agregado de trióxido mineral, ProRoot MTA (Dentsply Sirona, York, PA), mas com aprimoramentos como redução do tempo de endurecimento, aumento do íon liberação, maior absorção de água e sem manchas radiopacificadores. O Quick-Set2 (Avalon Biomed Inc) é um novo material de aluminossilicato de cálcio formulado que fornece período de endurecimento mais rápido e maior resistência a ácidos e não mancha. As amostras foram conceituadas para inflamação, qualidade e espessura da ponte de dentina, resposta do tecido pulpar, cimento e ligamento periodontal constituição e cicatrização apical dos ossos.

Resultados: Ambos os materiais apresentaram cura promissora aos 90 dias. O único diferencial foi a qualidade da ponte de dentina e constituição de pulpotomias usando o NeoMTA Plus comparado com Quick-Set2. Conclusões: Quick-Set2 e NeoMTA Plus demonstrou efeitos semelhantes na inflamação, resposta pulpar, ligamento periodontal e formação de cemento e apical e cicatrização de tecidos em cães.

Bakland; Andreasen, (2012) ressaltam que MTA vem substituindo Hidróxido de cálcio (CH) nas últimas décadas para o tratamento de diversos comprometimentos na cicatrização pulpar e periodontal após trauma dentário. Condições estas que incluem: – exposição da polpa; – raízes e polpas imaturas; – fraturas radiculares e necrose pulpar localizadas na parte coronal da polpa e reabsorção radicular externa (inflamatória) associada à infecção.

Os autores afirmam ainda que em 1993, ao criar um novo material endodôntico, trióxido mineral agregado (MTA) por Torabinejad e colegas de trabalho, com o objetivo de elaborar um material rígido e biocompatível, além de selar perfurações acidentais da raiz canal. Posteriormente, mostrou-se ideal como material de preenchimento de raiz e um material para uso nos casos de capeamento pulpar e pulpotomia. Mais tarde, o MTA mostrou-se eficaz no tratamento de dentes imaturos, com necrose pulpar, os autores concluíram que algumas das deficiências da CH pareciam superadas com o uso de MTA.

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