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INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

Para que uma pessoa tenha sucesso em sua vida, seja no âmbito pessoal ou no profissional, ela precisa desenvolver certas habilidades e competências, como autoconhecimento, organização, paciência, resiliência, ética e outras. Porém, talvez o ponto mais importante e decisivo para tornar alguém bem-sucedido, seja a inteligência emocional.

Ao contrário do que muita gente acredita, inteligência emocional não tem relação com a noção de inteligência tradicional, determinada por muitos pelo QI. Assim como outras capacidades, a inteligência emocional pode ser desenvolvida e exerce grande influência também em outras questões importantes, como a capacidade de liderança e até mesmo a noção de felicidade.

Se você quer se tornar uma pessoa mais consciente de suas ações e sentimentos, quer desenvolver suas habilidades de liderança, autocontrole, comunicação e quer lidar melhor com os outros a seu redor para ter mais sucesso, é hora de conhecer mais sobre a inteligência emocional.

A seguir, você vai descobrir em detalhes o que esse conceito significa, qual sua importância no ambiente de trabalho e como desenvolver a inteligência emocional em seu dia a dia com exercícios práticos.

O que é inteligência emocional?

O conceito de inteligência emocional diz respeito ao modo como as pessoas lidam com seus sentimentos e emoções e também como respondem às pessoas e situações ao seu redor. De forma geral, é simples reconhecer alguém que não tem uma boa inteligência emocional: brigou com a namorada e saiu xingando todo mundo no escritório? Tropeçou na rua e isso estragou seu dia? Acordou de mau humor e sua produtividade caiu? Esses são sinais de que você precisa desenvolver sua inteligência emocional.

Indo mais a fundo no conceito, é difícil não falar de quem primeiro trouxe o termo para o público: Daniel Goleman. Em 1995, com seu livro Inteligência Emocional, ele trouxe esse conceito à tona e foi também o primeiro a o aplicar ao mundo dos negócios com seu artigo de 1998 na HBR.

Um indivíduo com uma boa inteligência emocional consegue lidar melhor com seus sentimentos, controlar impulsos, evitar ser dominado por situações negativas e, consequentemente, se torna mais produtivo, mais empático, melhora sua liderança e consegue ter mais sucesso no dia a dia – seja no âmbito pessoal ou profissional.  

Diferente da inteligência mental, associada ao QI, a inteligência emocional pode ser trabalhada diariamente e existem parâmetros que mostram se uma pessoa é mais ou menos desenvolvida nesse ponto.

Inteligência emocional no ambiente de trabalho

Ter uma boa inteligência emocional é decisivo para o sucesso de uma pessoa em diferentes áreas de sua vida. Porém, quando falamos do universo corporativo, isso se torna ainda mais importante. Segundo um estudo da Universidade de Maryland, 58% dos fatores de sucesso na vida profissional estão atrelados a inteligência emocional.

Em uma pesquisa com quase 200 grandes empresas globais, Goleman descobriu que as qualidades tradicionalmente associadas com a liderança, como a inteligência, tenacidade, determinação e visão (necessárias para o sucesso), são insuficientes. Verdadeiramente, líderes e profissionais altamente eficazes também são distinguidos por um alto grau de inteligência emocional, que inclui autoconhecimento, auto-regulação, motivação, empatia e habilidade social.

Estas qualidades podem soar muito “soft” ou sem sistema nem método, mas Goleman encontrou vínculos diretos entre inteligência emocional e resultados de negócios mensuráveis. Embora a relevância da inteligência emocional para o negócio continue a acender o debate ao longo dos últimos anos, a pesquisa de Goleman continua a ser a referência definitiva sobre o assunto, com uma descrição de cada componente da inteligência emocional e uma discussão detalhada de como reconhecê-la em líderes potenciais, como e por que ele se conecta a performance, e como ele pode ser aprendido.

Outros pesquisadores confirmaram que a inteligência emocional não só distingue líderes proeminentes, mas também pode ser ligado a um forte desempenho. As conclusões de David McClelland, o renomado pesquisador em comportamento humano e organizacional, são um bom exemplo. Em um estudo de uma empresa de alimentos e bebidas global de 1996, McClelland descobriu que, quando os gerentes seniores tinham uma massa crítica de capacidades de inteligência emocional, suas divisões superavam as metas de lucros anuais em 20%. Enquanto isso, líderes da divisão sem essas características tiveram desempenho inferior em quase a mesma quantidade.

Os cinco componentes da inteligência emocional no trabalho

Voltando a Goleman e seus estudos sobre inteligência emocional nos negócios, em suas pesquisas, ele definiu cinco pontos que compõem profissionais e líderes com alto nível de inteligência emocional e que precisam ser trabalhados para que se alcance a excelência nesse conceito.

Vamos falar brevemente sobre cada um deles:

Autoconhecimento: que é definida como a capacidade de um indivíduo de reconhecer e entender seus sentimentos, humor, emoções e os efeitos deles em si mesmo e sobre os outros.

Auto-regulação: é a capacidade de uma pessoa de reconhecer e controlar seus impulsos e agir sempre de forma racional e não baseada em pré-julgamentos.

Motivação: relacionada a vontade e paixão do indivíduo por suas atividades e trabalho, independente de recompensas financeiras ou de status social.

Empatia: que é a capacidade de “se colocar no lugar do outro” e agir com a pessoa levando em conta seu contexto e emoções no momento.

Habilidade Social: definida pela capacidade de uma pessoa de construir relacionamentos e de estabelecer vínculos de troca com outros indivíduos.

É importante que as pessoas busquem entender melhor cada um desses pontos e como alcançá-los. Só assim é possível melhorar sua inteligência emocional e ser uma pessoa bem sucedida no trabalho.

Por que é importante melhorar sua inteligência emocional?

Como demonstrado por diferentes pesquisas e estudos, incluindo os de Goleman citados nesse texto, indivíduos com uma boa inteligência emocional tendem a ser mais bem-sucedidos em suas vidas, tanto no âmbito profissional como o pessoal.

Saber entender e lidar com seus sentimentos e emoções é fundamental para conseguir um dia a dia mais saudável e impacta diferentes habilidades e capacidades.

Confira alguns dos maiores benefícios de ter uma boa inteligência emocional:

Desenvolvimento da liderança

Melhoria na capacidade de tomada de decisão

Desenvolvimento de automotivação e curiosidade

Melhoria no desempenho profissional

Desenvolvimento da comunicação e poder de influência

Clareza de metas e objetivos (pessoais e profissionais)

7 exercícios para desenvolver a inteligência emocional

Agora que você já entende um pouco mais sobre o conceito de inteligência emocional e a importância dessa habilidade em sua vida profissional e pessoal, é hora de descobrir como você pode desenvolver a sua.

Por meio de exercícios simples, como os que vamos mostrar a seguir, você poderá se tornar uma pessoa muito mais consciente de suas emoções e, consequentemente, atingir todos os outros benefícios que citamos no tópico anterior. Confira:

Pesquisadores que estudam a aplicação da Psicologia Positiva para o local de trabalho chegaram à conclusão de que uma mentalidade positiva não só pode afetar nossas atitudes em relação ao trabalho, mas também os resultados que se seguem. O “capital psicológico” que trazemos para a mesa pode ter um impacto significativo sobre trabalho e carreira.

Manter a positividade em seu ambiente de trabalho pode levar a uma maior eficácia de gestão, melhoria do clima organizacional, da cultura de resultados, atingimento de alta performance e alcance das metas. Portanto, crie o hábito de ser positivo em relação ao ambiente e as pessoas a seu redor. Comemore as pequenas vitórias, registre seus progressos e em vez de se entregar a visões pessimistas e negativas, procure ser otimista e sempre buscar por soluções lógicas para seus problemas.

Conhecer o seu corpo, suas emoções e a forma como você reage a diferentes situações no dia a dia é fundamental para que você saiba como lidar com essas emoções e se torne uma pessoa mais inteligente emocionalmente.

Esse ponto tem bastante a ver com outro conceito, que é o de autoconhecimento. Portanto, busque entender mais sobre esse ponto e procure por exercícios para desenvolvê-lo. Manter um pequeno diário para anotar seus sentimentos e comportamentos durante um dia pode ser um excelente primeiro passo. 

3. Trabalhe a forma como você reage a determinadas situações

Muitas vezes, não agir por impulso é um grande desafio, principalmente quando nos encontramos frente a situações difíceis ou que elevam muito nosso nível de estresse. Porém, é preciso saber controlar isso, pois uma decisão errada, tomada na “hora da raiva” pode impactar de forma muito negativa em nosso dia a dia e prejudicar o desenvolvimento de um indivíduo tanto no âmbito profissional quanto dos relacionamentos interpessoais.

O primeiro passo para conseguir controlar suas reações e impulsos, está muito relacionado ao tópico anterior, sobre autoconhecimento. Se você conseguir identificar as situações gatilho que disparam cada um de seus comportamentos impulsivos, será possível agir de forma mais controlada e racional quando você estiver a frente de alguma delas e controlar essas reações perigosas.

Seja no trabalho ou no dia a dia comum, todos eventualmente são expostos a situações de stress e ansiedade e por mais que se queira evitá-las, é preciso saber lidar com elas.

Em momentos extremos, o mais importante é não reagir de forma impulsiva e destrutiva. Tente reconhecer suas emoções, entender o que está causando cada uma delas e buscar soluções lógicas para os problemas. Anotar as coisas, fazer esquemas ou conversar com outras pessoas pode ajudar a clarear sua mente e te levar a respostas de forma mais rápida.

É importante também tentar não se deixar dominar 100% pelos problemas. Tente manter sua rotina de exercícios físicos, leia algo que gosta ou vá ao cinema com os amigos. Os melhores insights vêm nesses momentos!  

Nosso cérebro funciona em uma velocidade que muitas vezes não conseguimos compreender e por isso sempre estamos lidando com novas emoções e opiniões.

É preciso ter cuidado com isso para não nos entregarmos a pré-julgamentos e preconceitos e também para que não deixemos de lado nossas convicções, metas e objetivos. Sempre que você se ver diante de uma situação ou pessoa nova, não se limite à sua primeira impressão sobre ela. Procure validar aquilo que você está sentindo e sempre se questione a respeito da origem de suas emoções.

Da mesma forma, busque ser fiel a seus valores e crenças e não desista tão fácil daquilo que você acredita e que te faz bem. Busque sempre entender os impactos de suas emoções e decisões em sua vida e pense se vale mesmo a pena desistir ou se apegar a algo.

Conseguir se colocar no lugar do outro é um exercício muitas vezes complicado, mas que vai mudar a forma como você se relaciona com as pessoas e compreende o mundo.

Lidar com um outro ser humano a partir apenas da sua vivência e da sua realidade pode limitar a sua percepção sobre ele e diminuir sua capacidade de compreendê-lo de forma inteira – com suas emoções, crenças e sentimentos. Do contrário, quando você interage com uma pessoa levando em conta a realidade dela, o contexto social e as experiências dela, você consegue ampliar seu entendimento sobre ela e, a partir disso, pode lidar melhor com essa pessoa, evitando julgamentos e preconceitos.  

Ter empatia é fundamental para um bom desenvolvimento profisionall – principalmente de liderança – e também vai te transformar em um ser humano muito melhor.

De forma geral, as pessoas adoram se comparar umas com as outras e isso pode acabar gerando mais frustração do que motivação. É importante entender que todos são diferentes, com uma realidade diferente, e que cada um possui seus limites. Frases do tipo “meu amigo que formou junto comigo já tem sua própria empresa e eu ainda não consegui nem ser promovido” são injustas e devem ser evitadas.

Cada pessoa tem seu tempo, sua curva de desenvolvimento, e se você ainda “não chegou lá”, na maioria das vezes isso não é por incompetência ou fracasso, mas porque seu caminho é mais longo, mais árduo, ou porque você ainda precisa aprender e consertar certas coisinhas.  Fique tranquilo e não se cobre tanto!

Nossa dica bônus para alcançar a inteligência emocional é: converse com pessoas que são referência para você e procure entender como elas percebem o s

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

Para que uma pessoa tenha sucesso em sua vida, seja no âmbito pessoal ou no profissional, ela precisa desenvolver certas habilidades e competências, como autoconhecimento, organização, paciência, resiliência, ética e outras. Porém, talvez o ponto mais importante e decisivo para tornar alguém bem-sucedido, seja a inteligência emocional.

eu comportamento e controle emocional no dia a dia. Busque feedbacks!

Muitas vezes, poder contar com a opinião de um observador externo é essencial para que possamos identificar falhas e progressos muitas vezes imperceptíveis a nós mesmos, e para que possamos questionar a forma como nos mostramos ao mundo.

Aqui você só deve ter o cuidado de conseguir distinguir um feedback construtivo, de uma crítica pura e sem objetivo, e de saber interpretar e questionar tudo aquilo que você receber – nunca apenas aceitando de forma passiva.

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